*….:: CHAGÃOZINHO EUROCOPA! ::.….*
Θ Na segunda rodada da fase de grupos, Portugal encarou a República Tcheca por uma cadeira na janela na viagem para as quartas-de-final. Com um time português com certeza, o time de Scolari venceu com dificuldades, apesar do placar, os velhinhos da meia-potência futeboleira dos recônditos europeus. Luso com certeza porque repete a tática do país na era do mercantilismo: se apossar da riqueza das colônias em benefício próprio. Assim, aportuguesou Pepe e Deco, do Brasil, enquanto singrou o Atlântico em busca de Nani (Cabo Verde) e Bosingwa (Congo), além, é claro, do quebra-canelas, Luis Felipe Scolari, o filho mais querido – junto com Parreira – do futebol de resultado a qualquer custo, principalmente ao da beleza e ludicidade do jogo. Da vizinha França, trouxe Petit (que não é aquele do terceiro gol contra o Brasil em 1998). Como repetiu a tática mercantilista – todo mundo sabe que Portugal foi o único país europeu que não ficou rico com a exploração das colônias americanas e africanas – também desta vez, a despeito da vitória, os recursos pilhados não são os melhores. Scolari continua com a velha técnica de segurar os jogadores num esquema fechado de marcação, dependente de um lampejo de algum jogador mediano (como Deco, na partida de hoje), ou de um escorregão do adversário para vencer. Os gols lusos foram marcados por Deco, pelo Puto D‘Ouro (e cabeça de vento) Cristiano Ronaldo e Quaresma. Já a República Tcheca, com toda a zaga beirando o balzaquianismo e massacrada pela máquina de triturar gente do futebusiness europeu, jogou à lá França 2006, se defendendo e atacando quando possível, nas corridas solitárias de Milan Baros. Um time aquém das expectativas de quem entrou na Copa 2006 favorito e na Euro 2008 pra não fazer feio. Agora, na última rodada, disputará a segunda vaga com a Turquia, enquanto os lusos bailam com os donos da casa..
Portugal 3 – 1 Tcheca
Θ Última chance de um dos donos da casa de ensaiar uma chegança nas quartas-juninas-de-finais, a Suíça encarou a Turquia em um embate soporífero. Nem só de boas intenções e voluntarismo se faz um espetáculo de futebol, e Suíça, o país do chocolate, dos relógios e dos bancos que enriqueceram com os despojos econômicos das duas grandes guerras do século XX, e Turquia, a meio termo entre o predatismo capitalista da Europa e a sanha teocrática do Oriente Médio, quase mataram os torcedores de overdose de melatonina. Uma chuva torrencial veio mostrar que nada é tão ruim que não possa piorar, e o quebra-canelas piorou substancialmente. E foi graças às águas de São Pedro que a Suíça chegou ao fundo das redes, com um gol do turco-suíço Yarkin, para os banqueiros. A torcida local vai à loucura, no seu vermelho, branco e capinha de plástico transparente, chique. O técnico dos turcos mexe no time e o defunto reage: uma derrota ali representaria ter que marcar o retorno à Ankara. No entanto, o espírito Otomano tomou conta dos jogadores, que foram pra cima, e empataram aos 12 do segundo tempo, com Sentürk, avante do Fenerbahce. Daí os otomanos seguraram uma ávida Suíça, que não pôde combinar vontade com talento, sofrendo, de contra-ataque, a estocada final, no apagar das luzes, pelos pés de Turan. C’Est Fini.
Suíça 1 – 2 Turquia
E no ‘Chagão!’ desta quinta-feira você confere os resultados, grupo a grupo, e a classificação do Europeuzão 2008.