*….:: CHAGÃOZINHO EUROCOPA! ::.….*

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Θ Grupo D, o derradeiro que ainda não havia acarinhado (ou envergonhado) a Leonor. No primeiro confronto, Espanha e Russia fizeram um bom jogo, com a Fúria, senão com as cores e intensidades do traço, ao menos com alguns lampejos de Goya. Em David Villa, jogador do Valência, incorporou candomblezisticamente o poeta Garcia Lorca, que se entregou ao jogo como quem faz uma poesia surrealista. Ele fez os três primeiros gols e ainda puxou o contra-ataque do quarto, após o gol de honra dos filhos da Perestroika, marcado por Pavlyuchenko. Da Russia, esperava-se mais, como se espera de uma grande potência. Dizem que o ex-presidente e agora premiere, Vladimir Putin, teria dito a assessores que planeja acumular as funções de técnico, goleiro e centro-avante da seleção, a fim de continuar a sua cruzada existencial de levar novamente a Mãe Russia ao topo do mundo. Mas o que alguns viram mesmo foi o telefonema de Berlusconi ao Kremlin, para lamentar com o amigo os infortúnios em comum sofridos nos relvados de Austria/Suíça. Ainda assim, com Grécia e Suécia no grupo, há esperança para os deserdados de Eisenstein.

Espanha 4 – 1 Russia

Θ No segundo jogo, o sueco Ingmar Bergman, vivo estivesse para ver a seleção das louras estonteantes, teria dormido, ao menos no primeiro tempo, onde os amarelos e azuis pouco conseguiram fazer contra os gregos. Tentando incessantemente ajudar o atacante Zlatan Ibrahimovitch, que desde 2005 não marcava pela seleção, os jogadores não entendiam que bons sentimentos não fazem um bom futebol. Longe do cinema filosofante do sueco que é mais conhecido fora da Suécia do que entre seus conterrâneos, o time só conseguiu arrancar a vitória no segundo tempo, quando finalmente o moreno do nariz insinuante marcou aos 21 da etapa complementar, após jogada em conjunto com Larsson. Aos 27 minutos, numa lambança da zaga grega, Hansson marcou mais um, e ficou nisso. A Grécia, que defende o título conquistado na última edição da Euro, em 2004, com os mesmos jogadores (quatro anos depois, é claro…) não conseguiu editar a democracia como a potência criadora coletiva, e futebolisticamente não filosofou. Como aqueles escanteios cobrados da ponta-direita do ataque grego, que levaram o time ao título europeu, não estão mais funcionando, a seleção não deve ir longe na competição. Veja aqui os golos da partida, antes que a UEFA mande tirar do YouTube (o da Espanha eles já tiraram).

Grécia 0 – 2 Suécia

Enquanto isso, o PIB Brasileiro do primeiro trimestre sobre a 5,8%, graças ao aumento do poder de compra dos brasileiros. Enquanto a imprensa e a direitaça brasileiras penam mais do que a seleção da Grécia, o país, com Lula como técnico, dá mais show do que a Espanha.

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