___ oblíquas variações infinitas dos corpos ___

___________________________laços_______ passagens ____ distensões           Em sua paixão ela afirmou que morreria se ele morresse: ela viveu.              Somos desdobramentos infinitos dos elementos que nos condenam à imortalidade.       Nem antes, nem agora, nem depois precisamos da metafísica, já que somos clones genéticos em eterno desdobramento.                               “Vô cantá no canturi primeiro as coisa lá da minha mudernage qui mi fizero errante e violêro eu falo séro e num é vadiage” elomar                      Relação histórica-política-científica meia besta chegando quase ao ridículo intelectual, mas…  O filósofo Marx diz que o homem só coloca para si problemas que pode resolver. Diz também que um sistema só substitui outro quando o anterior perde suas forças históricas. O mundo passa por uma profunda crise na produção, distribuição e preço do petróleo: o problema.        O BRASIL ENCONTRA-SE ENTRE OS PRIMEIROS EM RESERVAS PETROLÍFERAS, em produção de derivados e venda nos mercados nacional e internacional: a substituição da dependência pela independência. Marxistamente, tudo acontece no governo Lula. Resume-se: Esse Lula encontra-se em Marx, na ciência e na natureza. __________________________ O outsider da geração cinqüenta, Corso, disse que “A MORTE É UM BOATO DA VIDA”.  Grande sacada nietzscheana.             Uma armadilha da vida que o homem com sua cultura, mitos e místicos caiu.             A vida cria um boato e espalha, o homem acredita: se angustia. Cria deuses e paraísos. Mas é só um boato, nada mais que um boato.                     Mesmo que suspeite-se que “todo boato tem um cunho de verdade”, é só um boato criado pela Vida. O boato “que tem  um cunho de verdade” é produção moral do homem. Corso zombou. Se há vida, que importância tem a morte se ela não existe a não ser como boato. Boatar é brincar. É dá aquela estremecida nos indiferentes.     Nada de perturbações, medos e angústias.                               “São quatro jogadores nesta mesa, frente a frente, para jogar. São quatro cabras de peia no desafio do jogo das bruxas, em noite de lua cheia” cátia de frança    ___________________________________ _______________________________________ Leve, solto, caminhante, cantante, SOL ASTRO REI POLICRÔMICO SEDUTOR DA VIDA.     Derme, epiderme, profundidades, labirintos, TESEU COLHE, BEBE NO FIO DE ARIADNE.            SENSUAL  DROMOGRAFIA espargindo na cidade a velocidade sábio-companheiro. São Paulo, o ressentido e má-consciência, condena. São Paulo, cintilante-rondante, exclama: “O MUNDO É GAY!” “Sim, meu amigo, agora eu sei, você continua a ser meu amigo. Eu pensei que você não ia sacar. Eu pensei que você não ia parar com aquela indiferença boba. Realmente, meu amigo, as coisas nunca, nunca, nunca são tão reais quanto parecem ser. E no meio de toda esta confusão que é grande e que confunde tanto, eu preciso demais de você. Eu pensei que você não ia sacar. Eu pensei que você não ia falar. Mas você olhou tão profundo e sorriu. Que apesar de toda esta tristeza, agora eu só sinto em mim motivo de alegria. Porque comecei a pensar no seu sorriso lindo vinte quatro horas por dia. Eu pensei que você não ia sacar. Eu pensei que você não ia voltar. Mas você chegou e sorriu como um anjo de luz” flaviola                    Flaviola (flauta e viola) foi um músico pernambucano que dizem ter sido o primeiro a gravar um disco independente. Era lá para as bandas de 70 quando os últimos lampejos do movimento hippie deitava suas cores e sons nas praças e ruas do Brasil soturno sob os olhos vigilantes da ditadura. Época dos primeiros entrelaçamentos subterrâneos (Sartre diria recorrência) de uma subjetividade-democracia que emergiria posteriormente como liberdade. Território, enunciação e estado de coisas onde alguns artistas se deslocavam para criar e mostrar, fora da força industrial-capitalística, suas obras. Foi assim que Flaviola gravou seu LP, colocou na mochila, correu pelo Brasil à fora, até chegar na Praça do Congresso em Manaus para mostrar sua arte. Um, no meio de outros jovens talentos que inauguraram a nova forma de romper com as prisões impostas pela indústria fonográfica sobre os músicos. Rebelde-caminhante, Flaviola possuía uma boa bagagem erudita. Neste LP gravou poemas de Garcia Lorca, Shakespeare, Henriqueta Lisboa, Florbela Espanca, entre outros. Viveu intensamente sua paixão como artista-filósofo. Amigos seus, dizem ter sido o primeiro artista a morrer com Aids. Como diria Herbert Daniel, não Aids como um  anagrama dias, como dor-culpa-condenação, mas como alegria-liberdade-salvação.                                “Só podemos captar o mundo a partir de um ponto ômega exterior ao Humano, a partir de objetos e de hipóteses que representam para nós o papel de atrativos estranhos” baudrillard

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