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@ DEPUTADOS A SERVIÇO DAS PAPELEIRAS. Os deputados federais Matteo Chiarelli (DEM/PFL) e Vieira da Cunha (PDT), ambos gaúchos, trabalham em projeto de lei que diminui a faixa de fronteira internacional. Atualmente os 150 km de território brasileiro a contar de uma fronteira internacional não pode pertencer a nenhum estrangeiro. Como as multinacionais da celulose, ou papeleiras, como são chamadas, já estão em processo de adquirir estas terras (de forma ilegal, através de ‘laranjas’), os deputados resolveram elaborar uma lei que libera a aquisição das terras nesta faixa, deixando apenas 10 km de fronteira. Além disso, o projeto abre espaço para que a compra dessas terras prescindam do aval do Conselho de Defesa Nacional. Não chega a ser algo fora do usual no capitalismo financeiro, onde a democracia representativa, dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, serve menos ao Bem Comum e à coletividade do que a interesses empresariais e ao lucro dos investidores. Com a justificativa de atrair empregos e benefícios no mínimo duvidosos a cidades do interior do RS (como poderia ser no Amazonas ou qualquer outro Estado brasileiro), estes parlamentares advogam em causa bem menos democrática do que crêem seus eleitores. A iniciativa dos parlamentares não é inusitada, nem mesmo novidade: é padrão dos legislativos contemporâneos mundo afora. I inda tem françêis…

@ ONU DISCUTE CRISE ALIMENTAR. Desde segunda-feira, 28, a ONU promove discussões sobre a crise mundial dos alimentos. Para Jean Ziegler, que encerrou o mandato nesta quarta-feira, os biocombustíveis e os subsídios agrícolas são os responsáveis pela crise. Enquanto o Banco Mundial oferece linhas de crédito aos países mais atingidos pela “inflação dos alimentos”, e o diretor da FAO (Alimentação e Agricultura – ONU), Jacques Diouf, sugere criar subsídios internacionais também nos países subdesenvolvidos, nenhum líder mundial, com exceção a Lula, coloca em discussão a questão da especulação (grande responsável pela subida de preços do arroz e do feijão) e do desenvolvimento dos países subdesenvolvidos, que já não são tão “sub” assim. Como já sabido, é do interesse dos países desenvolvidos sair de uma crise de forma a mudar para manter tudo como está. Se até ano passado o medo era do aquecimento global (causado pelo desenvolvimento industrial dos países ‘sub’), agora é a escassez de alimentos (causada pelo investimento maciço em biocombustíveis, tecnologia que pertence aos países ‘sub’) que causa arrepios nos líderes mundiais. O que não se fala na imprensa mundial (e muito menos na acéfala imprensa nacional) é que a multidão começou a comer, a fome diminuiu e expôs o comércio da fome social, produção capitalista: o estômago ronca e o lucro aparece. A máxima da Multidão (produtora de linhas intensivas sem as quais o capitalismo não existiria, e que abala suas estruturas), descrita pelo filósofo italiano Toni Negri, “nós somos os pobres!”, finalmente está sendo ouvida pelos ricos do mundo. E incomodando. Parafraseando outro dizer também próximo à pobreza-riqueza produtiva: “Não contavam com a nossa astúcia!”. I inda tem françêis…

@ INSTITUTO PREMIA LÍDER DE DIREITA E DEFENDE O INDEFENSÁVEL. O venezuelano Yon Goicoechea venceu a edição 2008 do prêmio Milton Friedman, destinado a iniciativas a favor da liberdade. Qual liberdade? Bom, Goicoechea foi um dos líderes do movimento estudantil ligado aos opositores de Chávez, e que promoveu cenas de violência na universidade de Caracas. Ao final do episódio, o referendo foi derrotado mais por imperícia do presidente venezuelano do que pela atuação dos estudantes, facilmente identificados com a classe média, que perdeu benesses após a chegada de Chávez à presidência. Yon é um deles. Ele é estudante de Direito, e faz parte de uma ONG chamada Ordem Livre, cujo lema é ‘Liberdade Individual, Mercado Livre, Paz e Governo Limitado’. A ONG tem uma relação direta com o CATO Institute, entidade que promove a premiação, que leva o nome de um dos considerados pais do “Consenso de Washington”, documento que traçou as diretrizes da política neoliberal estadunidense, aplicada principalmente na África e em países da AL, como o Brasil de FHC e a Argentina de Menem. O CATO Institute defende os ideais do liberalismo econômico a partir dos “princípios fundamentais norte-americanos de governo limitado, liberdade individual, mercado livre e paz”. Os mesmos princípios que estão levando os EUA à sua segunda crise profunda em menos de 100 anos. O prêmio está em boas mãos: entre iguais. I inda tem françêis…

@ CONDEPE ACIONA CONSELHO TUTELAR. O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) acionou o Conselho Tutelar para visitar os irmãos de Isabella. Segundo o advogado e secretário-geral do Condepe, Ariel de Castro Alves, os irmãos de Isabella precisam de acompanhamento e apoio que estão previstos nas funções desempenhadas pelos conselheiros tutelares. Ele ainda falou sobre um possível sofrimento psicológico que as crianças podem está passando em razão das privações e da “prisão domiciliar” a que estão submetidos. Nada mais certo, uma vez que a função do Conselho Estadual e do Conselho Tutelar é cuidar para que crianças e adolescentes tenham seus direitos previstos pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) garantidos. Contudo, tanto Conselho Estadual e Conselho Tutelar não estão percebendo a exploração que a mídia vem fazendo sobre a imagem de Isabella, bem como os incômodos que ela vem causando à família Nardoni em busca do tão almejado furo jornalístico, o que obviamente reflete de forma direta na saúde física e mental dos irmãos de Isabella. E esta violência, que a mídia pratica, transformando as crianças e adolescentes em meras mercadorias de troca, não se limita ao caso Isabella. É comum a mídia tratar as crianças e adolescentes de forma infantilizada e dentro da lógica do mercado. Isto tanto para aquelas que têm suas imagens apagadas da realidade pela mídia, como outras que são submetidas à violência da programação vazia da mídia em suas casas. I inda tem françêis…

@ BRINQUEDOS OCIDENTAIS SÃO PRIGOSOS. Foi o que disse o fiscal general do Irã, Dori Nayafabadi. Para ele brinquedos, filmes e jogos, como a boneca Barbie, Homem Aranha, Super-Homem e Harry Poter são perigosos tanto para a saúde das crianças, como também para as produções e as fábricas nacionais, além de serem uma destruição cultural e uma ameaça social para a república islâmica. Na indústria do entretenimento, junto as das fábricas e aos dos idealizadores de brinquedos do ocidente, cristalizou-se como normal a prática de converter os valores do capitalismo para seus produtos. Os filmes, jogos, brinquedos e outras mercadorias ocidentais trazem consigo os preconceitos, as perversidades, a voluptuosidade da sexualidade sem sexo, a subserviência do empregado pelo patrão, o trabalho alienado, entre outros pontos da constante do capitalismo. A questão é que isto fica mais evidente no Irã em razão da discrepância existente entre as culturas ocidentais e a islâmica. E para os ocidentais isto passa como algo natural. E por isso é vendido, produzido em larga escala, comprado, alastrado e conservado como uma forma de garantir as outras gerações do capitalismo que virão por aí. I inda tem françêis…

@ ARTHUR VIRGILIO, ARTHUR BISNETO E PSDB DO AMAZONAS tiveram a liminar requerida indeferida e o pedido de continuação da ação dos três contra multa imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negado. A multa é referente à acusação de que nas eleições de 2006 houve propaganda política antecipada em favor do senador Arthur Virgilio em programas de rádio que eram destinados de forma exclusiva ao PSDB. Além de a multa ser mantida, os envolvidos estão proibidos de veicularem propaganda política no primeiro semestre deste ano. Atenção: prestemos uma atenção redobrada para o caso desta proibição ser desrespeitada. Seja pelo trio mencionado ou por qualquer outro candidato afoito que queira antecipar a sua campanha política. Deixamos aqui o número da procuradoria geral da república: (92)3611-3180 e o email eleitoral@pram.mpf.gov.br. I inda tem françêis…

@ PAPA QUER MAIS ACESSO AOS MEDIOS CUBANOS. O papa Bento XVI disse que as igrejas católicas em Cuba precisam ter um maior acesso aos meios de comunicação. Em Cuba, a única instituição que não é veiculada ao Estado é a igreja católica. Por esta razão, ela não tem programas de rádio nem pode levar educação católica para as escolas. É bem sabido que o Estado é laico e que suas ações estão direcionadas a produzir os meios necessários que resultem no bem comum de todos na cidade. Também é bem sabido o quanto a igreja impõe sua subjetividade, querendo alastrar a sua força fundamentada no sofrimento e na culpa. Se Cuba não permite que a igreja católica se intrometa nos assuntos do Estado é porque esta, para Cuba, não contribui na produção da alegria e do bem comum na cidade. I inda tem françêis…

Vamos que vamos

Pois quem foi já vai longe

E quem vem já está perto

Mas ninguém chegará

De onde ninguém saiu…

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