___ oblíquas variações infinitas dos corpos ___

__________________________________________ matéria __________ vibrações ______________ percepções ________ circulações ___ imagens-idéias _____   A voz do povo é a voz do povo. “VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS”, teoantropofonemizou o filósofo Rousseau.                             Alienou o povo.                        Logo ele, o filósofo que primeiro colocou o termo alienação em seu devido território: o social.            Logo ele que afirmou nascer o homem livre e em todo canto está preso.                           Ele fez lingüisticamente o povo sem potência. Deu-lhe a função de eco. Duplo-eco. Eco de Moisés, que já era eco de Deus.                 A monarquia-absolutista adorou, também, duplamente:                  por superioridade social e superioridade lingüística. A hierarquia era seu produto, tanto quanto a linguagem predominante.             O povo sendo a voz de Deus, e a nobreza estando mais próximo Dele          Deus no céu e o Rei na terra , e povo falando a linguagem saída da nobreza, a voz do povo não era do povo.          Mas da interpretação dos nobres sobre a superioridade de Deus, que eles acreditavam representar na terra.         Esse o enigma da escravidão do povo, que Rousseau não entendeu ao proferir a teo-política sentença.                            Aconteceu de 400 anos depois surgir Lula, como povo, inverter a pirâmide teo-política. Agora, a voz do povo é a voz do povo, porque onde o povo não é voz prevalece a tirania ou, eufemisticamente, a demagogia.                         Lula liberta o erro teo-fono-filosofastro de Rousseau. O eco ficou surdo. O povo ficou mais próprio de Deus: ele fala com sua própria voz, não faz imitação de Deus. Assim como Deus fala com sua própria voz com o povo sem precisar se duplicar no povo. Se despiritoalizar de Si mesmo.  Ambos são lingüisticamente independentes.                    O Brasil ouve o som da democracia. Rousseau, desatento, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Hegel e outros  filósofos e estudantes de filosofia, confundiram teologia com filosofia.                    Até o cantor Waldik Soriano:         “A voz do povo é a voz de Deus. Chegou a hora da verdade…” __________________________ Já havia chegado quando nós já estávamos aqui, por isso não vimos                          Não há nada o que fazer com o que foi feito com o paciente                     Nos resta outros fazeres                    “Para Freud, todos os orifícios são, para criança, ânus simbólicos e a atraem em função dessa semelhança (…) Não pretendo impedir que os freudianos componham hinos ao ânus, mas isso não impede que o culto do orifício seja anterior ao do ânus e que se aplique a um grande número de objetos. (…) Os freudianos se fizeram poetas sexuais dos orifícios mas não explicaram a natureza da sua atração.” Sartre                  “O que é que tu tem, canário?” Xangai                     O jornalismo da inutilidade publicou que o fiel pastor-jogador do esporte bretão, Kaká, encontra-se entre os 100 mais influentes do mundo. Injustiça: o nome do senador Arthur Neto não se encontra na inútil lista. O amazonense foi escolhido por funcionários parlamentares como o mais influente. Seu outdoor em Manaus traz os dizeres: “O senador mais influente do Brasil!” Discriminação dos jurados? Coisa de americano contra a democracia do PSDB? E a dos republicanos, versão Bush?                   O fato é que esse negócio de influência, no mundo da trapaça, é uma mina. É como a derrubada das pedras do dominó em pé. O primeiro toque influencia todas, e todas caem.                                               Há uma classe média paulista ávida pela notoriedade.                                Há um Deus de mercado.                                          Nasce Kaká: a criança é influenciada. Antes, historicamente, havia o sentido econômico-social do empresariado de São Paulo, e uma igreja, cuja salvação também é da mesma ordem da matéria como a moral-burguesa empresarial.                                 Kaká cresce fisicamente. De tanta influência, continua Kaká: doador dos valores de seus influenciadores. Doador econômico da Igreja  Rescascer, e doador de sua imagem-modelo à mídia de mercado.                                                          Kaká é influente.                                                 Arthur é influenciado pelo pai, também parlamentar. Chega no parlamento, é influenciado pela direita brasileira, Fernando Henrique e os empresários da FIESP-Federação das Industrias do Estado de São Paulo: é contra o governo Lula.               É modelo heróico do fim da CPMF, segundo a direita.                                                                                                                                                                                                                                                    &nbs p;                               Continuando Arthurzinho, serve de influência ao que há de mais retrógrado na dita política brasileira. Reflexo bruxuleante de todos os Lacerdas do Brasil.            Inteligentes: selecionam, escolhem e hierarquizam: o infantilismo é a patologia da infância interditada.                                 “Cada um de nós é uma máquina do real, cada um de nós é uma máquina construtiva. Hoje não há mais profeta capaz de falar no deserto e de contar que sabe de um povo por vir, por construir. Só há militantes, ou seja, pessoas capazes de viver até o limite a miséria do mundo, de identificar as novas formas de exploração e de sofrimento…”

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