PROJETO POSEIDON E A EFICIÊNCIA DA DEFESA CIVIL EM FABRICAR CASA PARA O AEDES AEGYPTI

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E no curso das águas segue o Projeto Poseidon. Nos períodos em que ocorrem graves problemas infraestruturais em uma cidade se percebem claramente quais as concepções de enunciados como social, saúde, estética, cidadania, política de governantes que passaram e que estão passando. No caso de Manaus, percebe-se que há muito tais enunciados forma esvaziados de realidade, sendo usados apenas como redundância do signo-significante, que não serve senão ao autoritarismo e à tirania, jamais à democracia: prefeitos que passaram são conhecidos pelas conhecidas corrupções divulgadas, e o que vai passando nada fez para diminuir o impacto fulminante na população da ausência de políticas públicas e também pesam acusações de corrupção, como no caso de desvio de verba de merenda escolar, escolas fantasmas, entre outras.

Antigamente e atualmente alguns dos piores problemas são as péssimas condições das ruas e a falta de saneamento básico. Desde que foi criado este bloguinho, acompanhamos a partir do Projeto Poseidon, a situação da inexistência de espaços que possam receber o nome de rua em várias partes de Manaus. No caso da (que nunca foi) rua Rio Jaú, no Novo Aleixo, zona Leste, por ser onde se situa a sede da AFIN, pudemos participar da reivindicação dos moradores, que há três anos reivindicam a construção da rua, que só não continua na mesma condição porque a cada dia as crateras aumentam, a lama toma de conta, o lixo se acumula.

Para corroborar com isso, com a ameaça de dengue em outros estados, e com o alarme de suposto aparecimento de dengue tipo 4 (Denv-4) em Manaus, na quinta-feira 27 de março, na rua Rio Jaú e adjacências passaram soldados do exército monitorando a situação dos quintais e informando que os moradores deviam amontoar na rua os lixos volumosos, os que não daria para o caminhão de lixo levar, que na semana seguinte viriam equipes da Secretaria Municipal de Defesa Civil (SEMDEC) para coletar. Os moradores fizeram a sua parte, mas a Defesa Civil não. Por isso, passadas quase três semanas do aviso, o lixo continua amontoado na rua. No entanto, a se ver pela propaganda televisiva do governo do Estado, que se coloca como responsável pelo Exército nas ruas fazendo o trabalho, é de se desconfiar se a (ir)responsabilidade é apenas prefeitural. Esta mais para jogada marketista-eleitoral do governo. Poder público municipal e estadual agindo juntos, no caso, contra os interesses públicos.

Este acúmulo de lixo tem dificultado ainda mais o tráfego de carros que ainda se aventuram a passar pela rua inexistente e também as pessoas a pé, além de demonstrar o entendimento que a Prefeitura de Manaus está tendo de saúde pública; ou seja, nenhum. O lixo acumulado tem aumentado o mau-cheiro, tem se espalhado com as fortes chuvas e se tornou um local propício e aconchegante justamente para quem a Defesa Civil deveria dificultar a existência: o Aedes aegypti, o mosquito da dengue. Como diz na Campanha Spinozista na barra lateral, “compor com o Aedes aegypti é um mau encontro”. Com a Defesa Civil, na atual (in)gestão da Prefeitura de Manaus, também. Ainda bem que existe Poseidon para movimentar a água, não deixando que a água fique parada, senão a epidemia de dengue já haveria se universalizado em Manaus.

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