O ENEM E O MARKETING ESTADUAL
O Governo Federal divulgou um resultado que não cabe nas propagandas do governo do Amazonas: o Estado foi o segundo pior colocado no ENEM 2007 (Exame Nacional do Ensino Médio).
No ano em que as médias dos alunos foram as maiores dos últimos cinco anos, o Amazonas continua nas posições finais da tabela estadual. Enquanto a média nacional foi de 51,52 em cem questões, no Amazonas, a média ficou nos 42,87. O Amazonas venceu apenas o Tocantins.
Fato que fez o secretário estadual de educação, Gedeão Timóteo, licenciado em Filosofia, afirmar que o exame não serve de parâmetro para avaliar a educação.
O resultado do ENEM 2007 foi publicado nesta quinta-feira, dia 03. No dia anterior, o site do governo estampava “notícia” dando conta dos avanços na educação amazoniquim. Leia alguns trechos selecionados por este Bloguinho:
O governador Eduardo Braga participou na quarta-feira, 02/04, do encerramento da Oficina de Pesquisa avaliativa dos dez anos do programa Escola Ativa no Amazonas, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), e revelou que a meta do Governo do Estado é chegar a 2010 com pelo 60 escolas atendendo em sistema de tempo integral.
Além de pontuar os ganhos registrados na área como, por exemplo, os programas de qualificação do Magistério, que fazem do Amazonas referência para o país, Braga disse que o Estado vive um novo momento e agora está investindo na promoção de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.
o governador Eduardo Braga frisou que no campo educacional o Amazonas tem dado importantes passos e hoje já é referência para o restante do país.
Braga frisou que em se tratando de formação do magistério, o Amazonas já está em outro nível se comparado com as demais localidades brasileiras.
A reação do Secretário cria duas linhas de entendimento:
Uma, com relação à prática utilitarista que o governo Eduardo ‘Guerreiro de Sempre’ Braga parece usar. O utilitarismo é uma doutrina moral que afirma que o que é verdadeiro é aquilo que é útil, sendo o útil nascido do exame pela razão e aplicável ao social, ao bem estar e à conservação da existência. Em se tratando do programa Escola Ativa, do MEC, cuja avaliação foi comemorada na “notícia” governamental, louros. Sobre o ENEM, que é o principal instrumento de avaliação do ensino no Brasil, também promovido pelo MEC, no qual o Amazonas se deu mal, a avaliação deixa de ter relevância. Como para este governo o entendimento do que é útil não passa pela razão, mas fica ao sabor das limitações epistemológicas que reduzem a coletividade às dores e conflitos psicológicos destes governantes, daí acreditarem que o que é verdadeiro é o que é útil apenas à imagem marketológica que querem passar como sendo o real.
Outra, a notícia é uma contradição à prática do governo Braga em tentar “colar” seu governo ao sucesso do governo Lula. Quando se trata de colher os frutos de um projeto federal bem desenvolvido, o governo trata de colocar a sua “marca” – o que é proibido pelo caráter de impessoalidade apregoado pela Constituição Federal -, mas quando se trata de lidar com números ou resultados que exibem o real diante da ilusão marketológica, Lula deixa de ter razão.
Apesar da tentativa e da negativa, a educação no Amazonas está mais para ENEM do que para Escola Ativa. E considerando que o governo, na sua notícia, falou sobre a avaliação do programa, mas não divulgou os números, é de se desconfiar que seja mais uma peça de marketing do governo.
Concordo que a maior preocupação do governo é pura ilusão marketologica, não devo aceitar tais justificativas de autoridades que estão mais preocupadas com sua marca,esquecendo que Educação é coisa séria, e deve potanto,refletir as questões políticas (não politiqueiras) do rumo que terá a Educação no Amazonas.A formação do professor é quem fará a principal diferença no processo educacional.Infelizmente nosso Estado continua a ganhar manchetes negativas na área de educação.
COmpanheira Halana,
O entendimento de educação deles não passa por onde transita o seu.
Aproveitando o ensejo, a fala do secretário também envolveu como justificativa o fato de que, segundo ele, a maior parte dos alunos que fizeram o ENEM no Amazonas são formados há mais de 05 anos. Ele afirma isso como se do atual governo saltasse algo que o diferencie dos anteriores. Como é igual aos anteriores, a prova continua valendo, para desespero do filósofo Gedeão.
Abraços!
Concordo que o Amazonas deva melhorar muito no investimento da qualidade do ensino, nós da UESA (União dos Estudantes Secundaristas do Amazonas), da qual sou presidente, vamos buscar dar nossa contribuição fiscalizando os investimentos e propondo idéias para reverter essa situação, uma vez que a falta de pespectiva dos jovens por falta de políticas públicas apropriadas reflete-se na queda do rendimento escolar.
ando falando aos meus amigos já algum que a escola do ensino médio não prepara os alunos para o ingresso no nivel superior, em 2004 realizamos pela fapamam-fed. das apmc’s do estado do amazonas o seminário o amazonas debate a educação no aud da faculdade dom bosco; no ano seguinte os matutinos noticiavam o vexame do ensino médio( emem), um certo amigo até brincou dizendo: a seduc não está enem ai para a educação; é verdade a maioria das escolas do ensino médio não passam de prisão aqui da minha sacada preseciam os alunos da e.e presidente castelo branco presos, confinados aos muros da instituição, como dizia o saudoso teodoro botynelly: pau neles companheiros! pau neles!