Pesquisa não científica mas intensiva neste bloguinho dão conta de que a repercussão da aprovação do PCCS “dos Outros” pela CMM, patrocinada pela prefeitura foi negativa para a bancada “rolo-compressor” e para o prefeito Serafim. Os mais recentes comentários mostram a insatisfação dos grevistas quanto ao modo de agir da prefeitura e do governo do Estado. Enquanto a caravana passa e a eleição não vem, este Bloguinho atualiza o leitor intempestivo com quatro toques sobre a paralisação e seus transbordamentos:

UM TOQUE: DO EMBRUTECIMENTO DAS INSTITUIÇÕES.

Os servidores da saúde tiveram hoje pela manhã um encontro na Bola da Suframa, onde se discutiu que atitude será tomada pelo movimento grevista após as declarações do prefeito Serafim que, de acordo com os grevistas, teria dito que usará os rigores da lei contra os insurgentes, inclusive ameaçando – como já havia feito o governador Eduardo ‘Guerreiro de Sempre’ Braga – de cortar o ponto dos grevistas e “rever” os contratos dos não-estatutários.

Ao prefeito, as lideranças grevistas reiteraram que estão fazendo o movimento de acordo com a legislação, e que o ponto está sendo assinado, conforme diz a lei, no Sindicato. Amanhã (28), novo encontro entre as lideranças grevistas e os servidores, no Sindicato dos Metalúrgicos, onde continuarão as discussões.

OUTRO TOQUE: SEM “OS OUTROS” NÃO EXISTE O “UM”.

Quando os médicos conseguiram que suas reivindicações fossem aceitas pelos governos municipal e Estadual, voltaram ao trabalho, e deram de ombros quanto “aos Outros”.

A manobra causou uma cisão entre os profissionais da medicina e os servidores da saúde, que viram na categoria o mesmo oportunismo e estreita percepção sobre a saúde pública e as relações de trabalho com os governos.

Pois bem, parece que os governos não cumpriram o acordo com os jalecos brancos, e os vencimentos do primeiro mês após a greve vieram como se ela não tivesse acontecido. Resultado: os médicos agora se vêem numa complicada situação. Como exigir que as promessas dos governantes sejam cumpridas em meio a outro movimento, que está adquirindo força, e do qual eles mesmos se excluíram? Conseguirão o prefeito e o governador, através desta ‘Ação Conjunta’, o que a falta de entendimento para além da moral barrigal da categoria dos médicos estava impedindo, a união das diversas categorias, a extinção da dualidade ‘médicos X os Outros’ em prol das reivindicações em comum?

OUTRO TOQUE: GREVISTAS QUEREM DESINCORPORAR FALSO BUFÃO.

Corre à boca pequena entre os grevistas a informação de que as lideranças das categorias envolvidas no movimento “dos Outros” já estariam se articulando para impedir que o presidente do SINDPSI/AM, ‘doutorando’ Alberto Jorge, continuasse a usar o microfone e a falar pelo movimento. Tudo devido à postura de submissão ao governo do Estado, de quem Jorge já foi empregado (na SEC), e às recentes declarações onde o ‘doutorando’ desdenha o movimento dos servidores municipais em favor dos estaduais, alucinando uma falsa cisão.

Alguns psicólogos, que não trabalham na área da saúde, relataram a este Bloguinho que foram questionados por colegas e amigos do movimento dos servidores sobre “como é possível que uma categoria como a dos psicólogos tenha um representante como este?”. No meio dos servidores, tem sido comum o uso da palavra “pelego”, para se referir ao falso bufonesco sindicalista e ex-padre.

MAIS UM TOQUE: APROVEITANDO O ENSEJO, OUTRAS CATEGORIAS…

Aproveitando que o propalado aumento de salário dado pelo Prefeito Serafim – segundo alguns servidores e parte da imprensa, uma tentativa de melhorar a combalida imagem entre o funcionalismo municipal, piorada com a parceria com o Bradesco, danosa a muitos servidores – não veio para todos, algumas categorias de servidores prefeiturais, que não estão incluídos no mini-pacote de bondades da dupla Serafim/Bradesco já pensam em parar suas atividades.

É o caso, segundo fontes, dos funcionários da IMTU, que foram excluídos dos 27% de aumento salarial dado por Serafim. Mas por enquanto, são especulações.

UM LEMBRETE.

Este Bloguinho reitera que, enquanto linha-comunalidade intensiva, não se refere à pessoas individualmente, quando coloca os fatos em relação à atuação dos governantes, mas aos enunciados que são carregados por estes, os quais não diferem em termos de atuação que faz de Manaus uma cidade inexistente no aspecto das produções existenciais criadoras. Assim como a dupla Eduardo/Serafim não foi o fim, também não foi o começo, e muito pré-candidato espertinho está aí tentando colocar sobre as costas do economista o peso de décadas de administrações iguais à dele. Portanto, servidor-eleitor, não faça como eles: use a razão.

Continue acompanhando a greve dos servidores neste Bloguinho Intempestivo.

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