i iNDA TEM FRANÇÊiS Qi DiZ Qi A GENTi NUM SEMO SERO

@ CNAS E A ATUAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL. A Operação Fariseu, da Polícia Federal, desmontou uma quadrilha que agia dentro do Conselho Nacional de Assistência Social, e que fraudava títulos de filantropia emitidos pelo órgão. O presidente, Silvio Lung, que é suspeito, pediu afastamento, enquanto alguns conselheiros foram presos na operação. A direitaça, travestida de oposição, ainda não usou o episódio para envolver o governo federal “num mar de lama”. No entanto, o acontecimento é apenas mais uma linha intensiva do governo federal, que permite à PF investigar livremente os seus agentes, e faz a parte do executivo, cabendo ao judiciário a sua parte. Diferente da PF de governos anteriores, que desapareciam em meio a uma inépcia deliberada. Cada vez mais, o que a chamada oposição aponta como falha, aparece como propaganda (não marketing) do governo do Sapo Barbudo. Realmente, Arthur não tem do que rir. I inda tem françêis…
@ PARA MÍDIA GOLPISTA GOVERNO É ESQUIZOFRÊNICO. Rádio convida um doutor em filosofia para falar sobre a frase de Lula: “presidente não pode mentir”. O convidado deita e rola, em conluio com o locutor, e, embora doutor em filosofia, não ultrapassa o enunciado judicativo da moral de classe, sem nenhuma análise que tenha passado pela razão. Em determinado momento, chama o governo Lula de esquizofrênico. Aí, em toda a sua fala, ele acerta, sem saber que acertou. No entanto, a limitação epistemológica do doutor (e ex-vice governador do RS, filiado ao PSDB de Yeda Crusius Credus, informação omitida pela rádio) o impede de perceber que o significante “esquizofrênico” transborda o sentido psiquiátrico-moral que ele acredita ser o definitivo. O governo Lula é sim, esquizofrênico, pois que faz cisões, divide, faz aparecer elementos antes não percebidos pelos governos anteriores, vê fissuras onde antes só havia a concretude, produz intensidades outras que não são decodificadas pela retidão caracteriológica do enunciado da direita. A direita é sempre reta, certa. Lula – não ele individualmente, mas as linhas intensivas que se produziram no seu governo, e que não são produções apenas dele – esquizofreniza estes enunciados. Mostra que é possível governar com uma equipe competente nas posições necessárias, ainda que alguns ministros tenham de ser nomeados através da semiótica do capital, já que a base aliada joga pelas mesmas regras dos governos anteriores (voto por cargo). Lula, no entanto, esquizofreniza a estrutura hierárquica dos ministérios. O ministro vira peça decorativa, quem trabalha e produz são os técnicos (que são técnicos só dentro da técnica. Fora dela são esquizofrênicos). Lobão vira ministro para saciar a fome do PMDB, mas é Dilma quem nomeia a equipe de trabalho. FHC, também doutor como o doutor da rádio, nunca sacou essa, por isso praticava a distribuição de cargos, mas não fazia o país funcionar. Portanto, para a mídia golpista, um alento: às vezes eles acertam. Mesmo querendo errar. I inda tem françêis…
@ ENSINO INTEGRAL EM SÃO PAULO NÃO FUNCIONA. Das 60 escolas que funcionam em tempo integral no Estado de São Paulo, apenas quatro tiveram desempenho acima das escolas de tempo normal. O projeto das escolas integrais foi implantando em 2006 pelo governador PSDBista Geraldo Alckmin, e está sendo duramente criticado por professores, por não oferecer infra-estrutura adequada, não permitir uma articulação entre as disciplinas dadas em sala de aula e as atividades extras, e não dar opções para os alunos. Cerca de 70% das bibliotecas escolares estão fechadas por falta de pessoal. Resultado da política de Estado mínimo aplicada na paulicéia pelos tucanos. Uma visão de mundo que é construída a partir de abstrações não consegue corporificar na realidade das pessoas modificações que tenham relevância na existência delas. É o choque de gestão tucano mostrando que a educação não passa apenas pela imaginação, mas que deve produzir elementos que componham com a realidade social, modificando-a. Coisa que os tucanos não sabem fazer. I inda tem françêis…
@ E LULA ACABOU SENDO “UMA LIDERANÇA NA AMÉRICA LATINA”, como queria a direitaça? Mas não como a direitaça queria: invadindo a Bolívia, porque os bolivianos nacionalizaram seu petróleo, ou peitando Hugo Chávez, porque ele chamou o congresso brasileiro de papagaio dos Estados Unidos. Essa semana, segunda e terça-feira (17 e 18 de março), na discussão sobre o conflito Equador-Colômbia, o ministro brasileiro Celso Amorim foi à OEA (Organização dos Estados Americanos), e mesmo com a pressão do governo Bush, que enviou uma delegação para tentar cooptar apoio para suas despropositadas propostas, foi uma das vozes mais potentes a favor da soberania das nações sul-americanas. Os Estados Unidos tentavam convencer que a Colômbia havia agido em “legítima defesa”, além da fatal armadilha de impor um conceito de “fronteiras relativas”, tudo em busca de aprovar uma intervenção regional para combater o terrorismo. Será quem iria ser o chefe? Ou o mocinho na brincadeira de cowboy? Nenhuma destas propostas/armadilhas foi aprovada/armada. Muito diferente do tempo em que a direitaça votava no cabresto dos ianques. Lula só ri. I inda tem françêis…
Vamos que vamos
Pois não sabemos se chegamos
Ou se ainda estamos lá…