Apesar dos miseráveis percursos com seus percalços da giratória direita, teimosa em querer manter o Brasil na dança fantasmagórica da dor social, Lula, “um doce homem”, como diz Ciro Gomes, consegue com seu humor (vitalidade e coragem, para os gregos), inteligência e pluralidade, criar um Brasil auto-confiante (sem presunção: coisa de Fenandos&Arthurs) capaz de enunciar sua voz ativa (nada de burburinhos intrigantes nem gritos encenantes) muito além de suas fronteiras. É a visibilidade tornada imagem necessária no olhar das outras nações. “Uma economia de peso”, afirma o jornal inglês The Guardian. Imagem reflexo no G8. Reflexo na ONU. Política diplomática em conflitos estrangeiros. Convite para decisões internacionais. Credor internacional, PIB 5,4%. Aumento da produção industrial. Mais empregos. Mais escolas públicas. Aumento salarial de múltiplas categorias. TV Pública. Menos pobres. Urbanização: desfavelização… E o passado, que o brasileiro não quer ter saudade, invisibilizado: tão distante que nem os mais saudosistas invejosos, Fernando Henrique, Arthur, Agripino Maia, Míriam Leitão, Boris Casoy, Catanhêde, toda a trupe reativa, consegue ver. Aí o magnânimo talento esquizo-analítico de Lula: desfazer o passado ressentido, que impede a produção dos afetos alegres; trabalho, saúde e amor, para que não perturbe o presente, e não transforme o futuro em uma espectativa/perceptiva temerosa. Lula, um bergsoniano: o presente é ídeo-motor: o atual-produtivo. O devir-democrático. O que faz do homem um Logos e um discurso constitutivo. E o passado, o topos dos emaranhados na imaginação: o passado que não passou. O passado-orgulho que se quer sempre presente. O impossível diante do Real-Instante: Lula e o Povo.

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