TROMBETADA TROMBÓTICA SEM MULHER

E por falar em mulher, como é que fica a trombetada indiscreta com a paralisação trombótica? Ou como fica a mulher com algumas mulheres? Ou, ainda, a mulher com algumas damas? Vejamos os casos protagonizados por algumas trombetas norte-americanas, tendo as coadjuvantes damas em papeis secundários. Trata-se de mulher. Elas afirmam, e eles clamam: Amém! Bill Clinton, McCain e Eliot Spitzer. Os três, picados pelo mosquito-eroticus, realizaram suas funções familiar/burguesa/judaica/cristã pelo adultério: o pecado é para se pecar. Depois foram à público, acompanhados pelas respectivas mulheres, pedir perdão pelas picadas: a culpa é das mulheres. Fora de cena, dizem: “ainda bem que existem mulheres fora das damas”. As mulheres fora das damas são: estagiária, assessora e prostituta de luxo. Três funções profissionais como mulher. As damas, em público, perdoaram. E voltaram para casa, vitoriosas como as castas rainhas do lar. No emaranhado moral da doce família cristã, na classificação e distribuição dos papeis sociais, quem é mais e quem é menos nesta parada pornô-burguesa? Responderia o filósofo Rui Brito: “Todos são mais! Todos estão certos!”. E completaria, apoiado na própria bíblia comentadora do pecado da carne: “Diz-me com quem andas, que direi quem tu és”. Caricatas personagens se exibindo como mulher. Falta mulher nas seis. Se dama sair da pontuação trombótica, e prostituta sair do estigma teo-sex-capital, nenhuma é dama, nem prostituta. Ambas sabem que o bio-sexo é função precípua para a Vida. Quando amam, amam, só amam. Mas quando o bio-sexo é capturado pela cultura-mercadoria como obrigação de realização da moral moeda de venda e troca, desaparece a mulher, e se apresenta o espectro caricato: As indiferentes senhoras Clinton, McCain, Spitzer, estagiária, assessora e prostituta de luxo. As trombóticas dependentes das trombetadas. As damas imprescendíveis para fazer funcionar a democracia norte-americana exigente de exemplos justos e escandalosos. O que reza “esta tal de dona moral” (Gonzaguinha).

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