DOBRAS E DESDOBRAS DO JORNALISMO
…Não precisa gritar, ameaçar, pornofonizar o debate. É o que menos suporta um encontro como este já que trata de discutir o jornalismo como serviço público junto à opinião pública. Calma! Calma! Calma! Você é um jornalista ou um policial truculento a serviço dos patrões fascistas? Certo, é um direito seu discordar do discurso apresentado aqui, mas é também um direito seu, que sua posição-discordante saia de uma reflexão sobre os pormenores da matéria aqui constituída e de todos as suas formas de desenvolvimento, caso contrário você estará, apenas impulsivamente, tecendo considerações pessoais que sustentam uma classe: a classe dominante que tem o jornalismo como uma empresa essencialmente do sistema capitalista. O que não é verdadeiro, e muito menos democrático. Não, senhor! Não estamos desconsiderando sua posição. Você é quem, com essa possessa intransigência, está se desconsiderando. Quando ilustramos pontos deste discurso recorrendo ao jornalista/filósofo Ignácio Ramonet afirmando ser o objetivo deste sistema de mercado extinguir o jornalista que acredita na nobreza democrática de sua função política, e por isso promove na profissão a ignorância, a ausência de honestidade e a mistificação, você reagiu com ódio. Quando encerramos o discurso, ainda com Ramonet, asseverando que “informar continua sendo uma atividade produtiva, impossível de se realizar sem esforço, e que exige uma verdadeira mobilização intelectual; (e que) a informação não é um aspecto da distração moderna, nem constitui um dos planetas da galáxia divertimento; é uma disciplina cívica cujo objetivo é formar cidadãos”, você destilou mais ódio. E agora, respondendo a sua pergunta: “Quem exemplificaríamos como jornalista?”, e entre alguns, evidenciamos Marilene Felinto, você solta uma gargalhada cretina. Depois de tudo que foi tratado aqui sobre Jornalismo, Democracia e Ética, você queria que citássemos quem? Eliane Cantanhêde, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, Josias Souza, Clóvis Rossi, ou outros desta pauta? Das duas uma: Ou você sofre SDG – Síndrome da Deficiência Cognitiva, ou, veio à este encontro com o firme propósito de abortá-lo. O que já é um sintoma da SDG. Pelos instrumentos que você tem sobre a mesa, é fácil entender seu estúpido propósito. Querer abortar um encontro como este amparado pela Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Veja, Época, é muita inutilidade jornalística. Por quê não trouxe um aparelho de TV para ficar assistindo seus programas preferidos? Fortaleceria mais sua ilusão de frustrar ente encontro. Doloroso, não? Esta comunalidade jornalista tem mais potência de agir que sua força reativa, a dor de seu ajornalismo. É por isso que você confunde diferenças singulares criadoras de democracia, com diferença quantitativa, reforçadores da tirania. Daí seu jornalismo se alojar no estômago, a morada da moral burguesa. Por isso você não sobe à superfície como desejo cognoscível: o conhecimento.
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