NASSIF E O CASO QUE A “VEJA” NÃO QUER QUE NINGUÉM VEJA

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Para quem vem atentando para o trabalho meticuloso que o jornalista Luis Nassif vem realizando no ProjetoBr ou Blog do Nassif (como é conhecido popularmente na blogosfera), no qual ele faz uma mostra do que chama de “jornalismo de esgoto” da revista Veja, a partir de uma catalogação investigativa em suas próprias páginas, vinha atentando também para o mutismo da seqüelada revista e para o tipo de retaliação persecutória comum de sua prática em relação ao jornalista-economista. E o golpe covarde veio sob a forma de cinco ações judiciais impetradas contra Nassif, segundo notícia publicada no site Comunique-se e republicada no Blog do Mello. O objetivo quem melhor o percebe é o próprio Nassif: atrapalhar o andamento da série a que ele está empenhado.

O Caso de Veja está disponível também em formato pdf e analisa como “o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo” e traça uma linha que vai desde a entrada de Alexandre Paes Santos, trazendo suas notícias-escândalos, passando por outros nomes que permanecem até hoje na revista, como Eurípides Alcântara, Mário Sabino, Lauro Jardim e Diogo Mainardi, o “quarteto da Veja”, e algumas de suas tramas das jogadas milionárias em negociatas escusas (Schincariol, Kaiser, COC, Daniel Dantas), assim como a perseguição implacável ao Governo Lula e a quem tentasse interpor-se nas suas urdiduras, como o próprio Luis Nassif.

Não há segredo, desde a saída de Mino Carta, e isto é já um sintoma, a revista Veja entra em gradativo processo de corrupção. Diferentes “processos”. Mais do que ataque, uma vez que já tentou, e pouco conseguiu com perseguição a Nassif, os processos judiciais são o desespero de quem está em franco processo de decadência de vendagem e de influência. Quando todos os negócios despencam, para grupos que se consolidaram pelo uso das concessões, da força e da chantagem só resta tentar adiar o estertor. Ademais, a relação da Veja com a Globo, Estadão, Folha, etc, todos que seguem a linha de uma subjetividade dura vai-se auto-deteriorando por todos os cantos. Nassif soube encontrar os furos. E também não está sozinho, por todos os lados aparecem pelo cybermundo pontos de resistência na formação de uma rede de proximidades democráticas que resistem e escapam.

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