NINGUÉM SEGURA ARTHUR, PRESIDENTE DO BRASIL!

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Arthur Neto, senador do PSDB, candidato à presidência da república. Como se fala no jargão estereotipado da linguagem politicofastra, “articulações” já começaram para a composição de alianças. Só que em derredor (sem meio) de tal enunciação atemporal e assubstancial, saltam três proposições-miragens. Enunciados não sustentados por um senso racionalmente demonstrável.

Primeira Proposição-Miragem Por qual partido o senador candidato-temporão vai concorrer? Pelo PSDB? Não. Serra, eterno candidato, e Aécio, candidato dissimulante, não permitirão. Muito menos o próprio partido, mesmo com aval de seu pastor, Fernando Henrique. Mas digamos que o candidato dissimulante Aécio resolva sair do PSDB e se candidatar por outro partido e Serra, o eterno, peça perdão ao espírito de seu fã maior, Otávio Frias, ex-proprietário da Folha de São Paulo, que pensava em não morrer antes de vê-lo presidente, resolva se recolher, vestir o velho e tradicional robe inglês e ir fazer bilu, bilu, bilu nos netos? Também não será o escolhido. Existem Jereissati, Alkcmim, o próprio Fernando… O certo é que o Neto seria, talvez ainda teria que vencer o talvez o último da lista do partido. Tal qual na foto de lançamento da candidatura de Alckmim a presidência em que em primeiro plano aparecem os donos do partido e atrás, aparecendo só a cabecinha, ele. Por aí não dá.

Segunda Proposição-Miragem Como é um social democrata, pode muito bem sair do PSDB e ir para a aguerrida, engajada e ética agremiação pefelista. Lá poderia realizar, se ganhasse a presidência, todos seus planos democráticos, pois experiência parlamentar junto aos abnegados e indormidos guardiões da democracia, não lhe falta. E juntamente com Agripino Maia, selar compromissos partidários para compor seu inteligente e insuspeito ministério com as pastas ministeriais distribuídas nas seguinte instâncias praticativas: Mão Santa, ministro da alegoria; Fernando Henrique, ministro do narcisismo sem espelho; Tasso Jereissati, ministro das questões sexuais; César Maia, ministro da fabulação; Efraim de Morais, ministro da lambança… Nomes e posturas é o que não faltam nestas hostes capazes de formar o governo que revolucionará a cena política nacional. Talento para administração da coisa pública não lhe falta. Quando prefeito de Manaus não deixou sombra de dúvida. Que o digam os camelôs.

Terceira Proposição-Miragem Esta Proposição-Miragem também poderia ser chamada de Proposição-Irônica-Hilária. Vejamos, Arthur, quando candidato ao governo do Amazonas nas eleições passadas só conseguiu abiscoitar 5% de preferência eleitoral. Votos talvez de velhos amigos, ou dos complexados descendentes do Cacareco. Não conseguiu a performance eleitoral da candidatura ao Senado quando da aliança metafísica-teológica com pastores da Igreja Assembléia de Deus. Agora, com o fim da CPMF, em que, sob as orações de seu guru Fernando Henrique, foi o herói dos empresários da FIESP – Federação das Industrias do Estado de São Paulo, inimigos da Zona Franca de Manaus, é possível que não abiscoite nem 0,0,5%. Visto que sempre fora visto por grande parte da população manauara como pró São Paulo. Além do entendimento que a maior parte da população amazonense tem de seu ato ilógico: responsável pela trepidação nos projetos sociais do Governo Lula. O grande amor desta população. “Mexeu com Lula, mexeu comigo!”. Aqui não tem para ninguém que não seja Lula. Neste quadro também surgem todo o Norte, o Nordeste, o Sudeste, principalmente os governos Aécio e Serra, que foram contra o fim do imposto. Desprovido da confiança política nacionalmente necessária a uma candidatura, sobra-lhe a bazófia, a verborragia dos clichês, ou como diz o psiquiatra Binswanger: Maneirismo lingüístico. A fala afetada sem ação verbal. Pura anemia para uma jornada eleitoral. Por último, a mídia seqüelada, de quem é freqüentador assíduo. Mas nada suficiente para ganhar eleição, já que o povo fez muito bem a leitura deste texto levando duas vezes ao Palácio da Alvorada aquele a quem confia, escrevendo que depois dele a demagogia jamais se criará em terras brasileiras.

Bem, quanto a sonhar, todos podem, mas, como diria Freud, com a condição de saber que sonho no sono é um estado onírico, e sonho em vigília é ilusão: denegação da realidade. Estado muito perigoso.

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