DAS VISIBILIZAÇÕES GAYS
A VII Parada Gay de Manaus ocorrerá no dia 28 de outubro, a partir de 16h, na Ponta Negra.
Apesar das organizações gays por aqui ainda estarem em desenvolvimento, a parada pretende se tornar um movimento pela visibilidade das questões da bandeira arco-íris GLBT pela luta contra a homofobia. Principalmente porque o movimento parte da minoria — no sentido de marginalização, porque na questão numérica, a quantidade de gays “assumidamente”, como em todo o Brasil e o mundo, só aumenta também aqui em Manô. Isso prova que a liberdade e autonomia da homoeroticidade é uma luta autêntica em escolha e posição.
Por conta disso, começam a aparecer parlamentares, por exemplo, que pretendem se aproximar de forma folclórica e calculista — “eu sou a madrinha, o padrinho da parada” —, mas que são capazes de se defender com bíblia em punho, com a moral familiar e até na porrada se alguém colocar a mínima suspeição em sua masculinidade/feminilidade/heterossexualidade, como colocamos aqui no bloguinho sobre um episódio de homofobia envolvendo o próprio prefeito e vereadores.
No entanto, a visibilidade GLBT não será apenas uma questão erótica, mas também de cidadania, política, religiosa, econômica, jurídica, esportiva… de diminuição de sanções e preconceitos e pela aquisição e cumprimento de direitos inalienáveis de todo ser humano.
A AFIN, como tem feito constantemente neste blog e nos debates em que se envolve pela cidade de Manaus e outros lugares, aproxima-se para esta tentativa de composições que aumentem a potência de agir dos corpos no mundo. É aquilo que diz o filósofo Spinoza: ninguém sabe do que um corpo é capaz livre das amarras que o aprisionam.
E vamos nessa, que o mundo é gay!
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