CHAGÃO!
Θ FAST EMPATA COM O BARRAS DO PIAUÍ e continua na luta para chegar na segundona do Brasil. Agora, na terceira fase da competição, vai encarar Bahia, ABC do Rio Grande do Norte e Imperatriz, do Maranhão. Já o Nacional se afogou na onda paraense do carrasco Ananindeua, perdendo por 3 a 1, e se despede da competição. Como os piauienses e os itacioatiarenses importados da RMM (Região Metropolitana de Manaus) só precisavam do empate, ambos se classificaram. Nota para os torcedores amazonenses que tentaram em vão ouvir a irradiação radiofônica da partida, direto da cidade de Barras: não foi problema da emissora. Os rádios eram da Philips.
Θ QUANDO A SELEÇÃO BRASILEIRA VENCEU A COPA AMÉRICA com o chamado time reserva, sobre a Argentina com todos os titulares, a imprensa nativa e sequelada saiu à rua para festejar o ressentimento e a dor do outro, esquecendo até de comemorar o título. Enquanto isso, no diário portenho Olé, os alvi-celestes estampavam lúcida análise sobre a geração de Riquelme – considerada brilhante, mas que não ganhou nenhum título – levantando questionamentos sobre o futuro do futebol no país e elogiando a evolução do futebol no país vizinho e seis vezes campeão. Agora, foi a vez do basquete, só que ao contrário. Os argentinos venceram duas vezes o selecionado brasileiro, os amarelos com todas as estrelas da NBA, e os celestes com o time considerado reserva. Resultado: imprensa brasileira caladinha, nem um pio sobre a evolução do basquete do hermanos, atuais campeões olímpicos. Depois se enraivecem com as críticas, quando conseguem entendê-las.
Θ MUNDIAL SUB-17: Argentina perde para os nigerianos nas quarta-de-final, e voltam pra cara reclamando do porte físico dos nigerianos. No entanto, reconheceram – como não faz a imprensa nacional – a superioridade do time africano. Na próxima quarta-feira, Espanha e Gana fazem a primeira semifinal, e na quinta, a Alemanha, que goleou a Inglaterra por 4 a 1, enfrenta os nigerianos. E começa dia 10/09 o Mundial de Futebol Feminino, disputado na China! A Argentina estréia contra as japonesas, no dia 14. O Brasil enfrenta as neozelandesas, no dia 12.
Θ ESTA COLUNA CONVIDA O LEITOR À SEGUINTE EXPERIÊNCIA: assistir aos jogos de futebol sem a narração. É só baixar o som e aproveitar a imagem. O narrador é peça de marketing, não tem nada de informativo. Os gritos efusivos e desnecessários só servem para domesticar o sistema nervoso do telespectador videota, para forçar a barra da emoção onde não há nenhuma. Uma ilustração: o jogo de sábado entre Manchester United e Sunderland, pela Premier League da Inglaterra. O narrador brasileiro viu um show de técnica. Viu também o indesculpável equívoco do treinador do Manchester, Alex Ferguson, 21 anos à frente do time, que tirou o “cracasso” Anderson (brasileiro), titular absoluto, segundo o narrador-histérico, para colocar o francês Saha. O Manchester venceu com gol do francês. Para quem dispensou os gritos apocalípticos do narrador-marketeiro, foi uma partida aberta, com muita correria e pouca técnica, e uma substituição do reserva-do-reserva pelo reserva. Anderson é reserva de Saha e Tevez, que por sua vez são reservas de Wayne Rooney, machucado, e Cristiano Ronaldo. Faça a experiência, dispense os agudos e rompantes homoeróticos-ressentidos dos narradores e conte a esta coluna a sua versão da partida!
Θ PALMEIRAS TOMA SURRA DE GOLS E PÕE A CULPA NO ÁRBITRO. Depois de expulsar Pierre, em um lance difícil, e sem os olhos da teletecnologia, o árbitro Wilson Souza de Mendonça foi culpabilizado pela diretoria palmeirense. O que fica evidente é a limitação do plantel do time, que provavelmente perderia mesmo com 12 jogadores, e não mostrou capacidade de se adaptar a condições adversas em campo. Mas aí, neste caso, não seria culpa do árbitro e sim responsabilidade da diretoria, que inclusive poderá cometer crime, caso cumpra a promessa do dirigente, que proibiu o árbitro de pisar no Parque Antártica. Se ele for escalado para algum jogo lá, será impedido por esta diretoria de exercer sua função profissional? A imprensa sequelada, evidentemente, apenas alimenta a falsa polêmica e divulga a fala do dirigente. Enquanto isso, o São Paulo, time brasileiro mais adaptado ao calendário do football business da FIFA, recém adotado no país, continua subindo na tabela, e está próximo de papar mais um título nacional.
Valeu! Quinta-feira tem mais!